sábado, 9 de fevereiro de 2008

Origem Jeje Brasil


  • Bahia - Brasil
  • Djedje (jeje) é uma palavra de origem yoruba que significa estrangeiro, forasteiro e estranho; que recebeu uma conotação pejorativa como “inimigo”, por parte dos povos conquistados pelos reis de Dahomey e seu exército.

    Quando os conquistadores eram avistados pelos nativos de uma aldeia, muitos gritavam dando o alarme “Pou okan, djedje hum wa!” (olhem, os jejes estão chegando!). Quando os primeiros daomeanos chegaram ao Brasil como escravos, aqueles que já estavam aqui reconheceram o inimigo e gritaram “Pou okan, djedje hum wa!”; e assim ficou conhecido o culto dos Voduns no Brasil “nação Jeje”. Dentre os daomeanos escravizados, uma mulher chamada Ludovina Pessoa, natural da cidade Mahi (marri), foi escolhida pelos Voduns para fundar três templos na Bahia. Ela fundou:* um templo para Dan; Kwé Cejá Houndé, mais conhecido como a Roça do Ventura ou Pó Zehen (pó zerrêm) em Cachoeira e São Felix * um templo para Heviossô Zoogodo Bogun Male Hundô Terreiro do Bogum em Salvador * um templo para Ajunsun que não se sabe porque não foi fundado. Esse é o segmento Jeje Mahi do povo Fon. O templo de Ajunsun-Sakpata foi fundado mais tarde pela africana Gaiakú Satu, em Cachoeira e São Felix e recebeu o nome de Axé KPó Egi, mais conhecido por Cacunda de Ayá, que tem como sua representante a iyalorixá Maria de Lourdes Buana (Ya Ominibu Kafae foobá), filha de Mae Tança de Nanã (Jaoci) que era filha de Gayaku Satu.Dna Lourdes, tem roça em Salvador no Bairro Cabrito, e também em Nilópolis, no Rio de Janeiro funcionado com toda a força apesar de seus quase 80 anos, marcando sua tradição no Kwe Foobá, com diversos descendentes do Jeje Savalu.São os Jeje Savalu ou Savaluno. Sakpata era rei da cidade Savalu na África, segundo alguns historiadores, Sakpata foi o único rei que preferiu o exílio a se render aos conquistadores do Daomé. O dialeto dos savalus também é o Fon.Rio de JaneiroNo Rio de Janeiro, foi fundado pela africana Gaiaku Rosena, natural de Allada, o Terreiro do Pó Dabá no bairro da Saúde, que foi herdado por sua filha Adelaide do Espírito Santo, também conhecida como Ontinha de Oiá (Devodê), , mais conhecida como Mejitó, que transferiu a casa de santo para o bairro Coelho da Rocha, e esse axé foi herdado por Glorinha Toqüeno, com terreiro no bairro de Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, O Kpodabá é a casa matriz , mas deixou ramificações, como o Kwesinfá fundado em Agostinho Porto, Por Natalina de Aziri (Ezintoede) tendo como herdeira Helena de Bessem que transferiu o axé para Parque Paulista, em Duque de Caxias, hoje Filha de Santo de Glorinha Tokuenu.Depois veio Antonio Pinto de Oliveira. Tata Fomutinho que fundou o Kwe Ceja Nassó, no bairro de Santo Cristo, depois mudou-se para Madureira na Estrada do Portela, depois para São João de Meriti onde finalmente se estabeleceu na Rua Paraíba.Dizem os mais velhos, que Mejitó, ajudou muito Tata Fomutinho no começo de sua vida de santo no Rio de Janeiro. Ele deixou uma legião de filhos, netos e bisnetos. Dentre esses, Jorge de Yemanja que fundou o Kwe Ceja Tessi, Pai Zezinho da Boa Viagem que fundou o Terreiro de Nossa Senhora dos Navegantes, Tia Belinha que fundou a Colina de Oxosse e Amaro de Xangô.Andreia T' Gbèsèn tinha sua roça em Campo Grande no Rio de Janeiro. Foi iniciada por Alberto de Osun mare - Secigenan, na época seu avô de santo pai de sua Yatemi Cleia de Oba. Anos mais tarde tornou-se filha de Mae Dalva de Ajunssun conhecida como dofonitinha, filha do Rei do Jeje no Brasil pai Zézinho da Boa Viagem. Mae Dalva tinha sua roça em Magalhaes Bastos. Anos apos fundou o asé Kwe Ceja Dan Gbèsèn, tendo filial na Italia onde iniciou varios italianos.Ressaltamos ainda, a importancia do Jeje Mahin quanto ao vodun Azunssun ou Ajunssun - [Azônce vodum] Sakpatá. [Todos os Voduns, pertencentes ao panteão de Sakpatá, são da família Dambirá. Nesse panteão temos vários Voduns. O mais velho que se tem notícia é Toy Akossu, no transe, ele se mantém deitado na azan (esteira). Dizem os mais velhos, que Toy Akossu é o patrono dos cientistas, ele dá à eles inspirações para a descoberta das fórmulas mágicas que curarão as doenças e as pestes. Ele é a própria "doença e cura", como também um excelente conselheiro.]A casa de Etemim Caca em Nova Iguaçu/RJ é Jeje também Mahin, filho de santo de Mãe Alda de Oyá, também de Cachoeira e São Felix/ Bahia. Pai Caca também tem casa (Kwe) aberta em Florianópolis/SC, bem como costuma atender na Europa seus clientes e filhos de santo, tendo como base o nome do Vodun Azunssun acima de tudo!!! E de Axé.






Nenhum comentário: